Centro de Apoio aos Ciganos em Souza-PB

14/07/2011 12:57

Centro de Apoio aos Ciganos, construído pelo Governo Federal, está abandonado

Cultura - 28/02/2011

Para fortalecer e fomentar a tradição cultural do povo cigano em Sousa, o Ministério da Cultura (Minc) junto com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com recursos da Eletrobrás, criaram o Centro Calon de Desenvolvimento Integral (CDDI), em o primeiro da América Latina, e que foi inaugurado em agosto de 2009, em Sousa, onde foram investidos recursos na ordem de R$ 273.580,59 na construção. Porém até agora o Governo Federal não instalou o que havia prometido, a exemplo de computadores, biblioteca, equipamentos para exibição de vídeos e material para produção de filmes.

O estabelecimento conta com um espaço multiuso destinado exclusivamente a organização e estimulo das tradições ciganas e a consolidação da cidadania destes povos, porém, há anos os ciganos não contam com nenhum tipo de projeto porque desde a inauguração, ainda não foi escolhida uma entidade para fazer o gerenciamento.

“Para funcionar é preciso projeto, sabemos que existem mais de R$ 200 mil disponíveis para o CCDI, mas para ser liberado é preciso que exista uma entidade, escolhida pela Seppir, que gerencie o orgão. Muito foi discutido sobre qual entidade poderia ficar com a tutela, mas até hoje, ainda não foi resolvido e o CCDI está lá, fechado sem nenhum funcionamento”.

Conforme o presidente do CCDI, Francisco Figueiredo, mais conhecido entre os ciganos como Coronel, com a criação do centro, todos os ciganos acreditaram que pudessem se tornar mais cidadãos e que poderiam resgatar as tradições culturais, mas por causa de todas as promessas que foram feitas. Hoje, ele lamenta ter que ver o prédio fechado, sem poder ser oferecido nenhum curso por falta de material e de recursos.

“Infelizmente é isso que está acontecendo, o centro não está tendo a funcionalidade para qual foi construído e enquanto isso, nossos costumes estão se acabando e o cigano perdendo sua identidade. Por isso não podemos mais ficar parados e vamos começar a ir à busca de resultados”, revelou Francisco.

A obra em questão foi trazida pelo então deputado federal Marcondes Gadelha (PSC) e teve direito até a presença do ministro da Igualdade Racial. Edson Santos

Correio da Paraíba - Daniel Motta
Fonte: https://www.sertaoinformado.com.br/conteudo.php?id=23591&sec=1&cat=CULTURA

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